terça-feira, 20 de março de 2007

A peste negra

Epidemia de peste que devastou a Europa em meados do século XIV. Chegou à Europa a partir da China em 1348 e expandiu-se com grande velocidade pela maioria dos países. Seus resultados foram desastrosos.


O bacilo da peste afeta os roedores selvagens e seus parasitas, em especial o rato negro e sua pulga, Xenopsylla cheopis. Um rato doente, portador do bacilo, pode infectar a pulga que se alimenta de seu sangue e, em determinadas condições, esta pode transmitir a doença aos seres humanos. Os historiadores modernos acreditam que foi essa a causa mais comum de expansão da doença.


Há duas formas de peste: a peste bubônica, que afeta os gânglios linfáticos e a peste pneumônica, uma das moléstias mais infecciosas e mortais conhecidas pelo ser humano e que atinge os pulmões. Transmitia-se com facilidade, já que podia ser difundida pela tosse e pelos espirros. Ambas as formas coexistiram. A epidemia cruzava as fronteiras com facilidade, não só entre diferentes países, mas também entre animais e seres humanos. Não há dúvidas sobre o dramático impacto da peste em 1348-1349. Muitos observadores contemporâneos mostraram-se impressionados ante a devastação humana causada pela doença. Posteriormente, calculou-se que, nas áreas mais afetadas da Europa, mais da metade da população pereceu.

A Religiosidade na Idade Média


O homem medieval vive numa situação economicamente precária, sem segurança para o dia de amanhã. Mas isso não quer significar que vivesse no desespero. Há nele a certeza da existência de Deus, vive na fé em Deus, sente-se criatura de Deus. Antes do ano 1300 não havia ateus.

Uma das característica do cristão medieval é saber que vive no meio do combate entre o bem e o mal, na luta de São Miguel com Satanás. O cristão deve ser combatente do lado de Miguel.
Outra característica é aceitar-se num lugar social determinado: forte ou fraco, rico ou pobre, guerreiro ou trabalhador, religioso ou leigo. Nesta posição, ele vê a vontade de Deus. O homem medieval é obsessionado pelo pecado. Foi no século XII que foram fixados os sete vícios capitais: orgulho, avareza, gula, luxúria, ira, inveja, preguiça.
O mais importante, porém, é fixarmos os momentos vitais da espiritualidade medieval, seus gestos e ritos. Esta espiritualidade pode ser dividida em quatro momentos: as peregrinações, o culto das imagens e relíquias, a missa e a penitência.
AS PEREGRINAÇÕES

Faz parte da religiosidade universal considerar alguns lugares ou acidentes geográficos como sinais de manifestação do poder divino.
No mundo cristão, estes locais foram associados a relíquias, a túmulos de santos, a acontecimentos miraculosos, tão abundantes no mundo medieval. É difícil imaginar o sacrifício empreendido pelo peregrino na sua ânsia de chegar a um local sagrado: perigos, despesas, empréstimos, às vezes anos de caminhada. E freqüentemente havia o perigo da aventura, da exploração dos peregrinos nos locais sagrados. Construíram-se grandes albergues para hospedá-los, o que não excluía um certo desejo de lucro.
A partir do século XI, há mais um motivo para peregrinar: a sensação de experimentar um contato mais íntimo com Cristo, sua Mãe e seus atos em determinados lugares, como também a grande esperança de conseguir uma cura ou a remissão de um pecado muito grave.
A mais antiga das peregrinações é visita aos Lugares Santos na Palestina; segue-se Roma, primeiro aos túmulos de Pedro e Paulo e, mais tarde, ao Vigário de Cristo, o Papa. No século IX, temos o santuário de São Tiago de Compostela na Espanha, o túmulo dos Reis Magos em Colônia, Alemanha, o túmulo de Santo Tomás Becket em Cantuária, Inglaterra.
Temos ainda as pegadas do Arcanjo Gabriel no Monte Gargano, Itália, a Virgem de Chartres, França, o Precioso Sangue na abadia de Hales, Alemanha, a casa de Maria em Loreto, etc. Mais tarde, o túmulo de Santo Antônio em Pádua, de São Francisco em Assis.
O espírito das Cruzadas também deve ser incluído aqui. Não se deve esquecer aqui o gosto medieval pelas relíquias, em bom número falsificadas. O homem medieval parecia acreditar em tudo o que se afirmasse como sobrenatural!

O CULTO DAS imagens E RELÍQUIAS. AS DEVOÇÕES

Diversamente da Igreja no Oriente, que teve o grande problema da veneração das imagens, no Ocidente esse culto logo se impôs. Via-se na imagem, esculpida, pintada ou retratada num vitral, um meio para instruir sobre o significado do anúncio da salvação àqueles que não sabiam ler. As imagens narram a história da salvação, reforçam a recordação e elevam a piedade. Sempre se estava atento para não cair na adoração das imagens.
O culto das relíquias dos santos chegou ao exagero do roubo de parte do corpo dos santos. Não se concebia fundar uma cidade sem o túmulo de um santo, havendo, deste modo, lutas violentas para garantir o corpo, como a que aconteceu entre Benevento e Bari na Itália. O santo era o protetor, a garantia. Possuir uma relíquia era estar em contato certo e miraculoso com o santo. Mesmo dentro da legitimidade deste culto, não se pode esquecer os abusos da falsificação, do comércio e da superstição.
A devoção a Cristo foi sempre a que se sobressaiu, primeiramente visto como imperador, depois, a partir das Cruzadas, como o Crucificado. Pelo ano 1050, tem início a devoção da Via-Sacra, às Cinco Chagas. São Francisco introduz a devoção do Presépio.
O carinho por Maria sempre teve destaque, sendo invocada sobretudo através da oração da Salve Rainha e da Ave-Maria, além da prática do Rosário que, após 1450, tem 15 mistérios e, a partir de 2002, 20 mistérios.
A SANTA MISSA

A Missa sempre foi o centro do culto católico, fundamento e vida da comunidade, celebração da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, comunhão dos fiéis com ele. No início da Idade Média, a Missa não era celebrada diariamente. Somente mais tarde teve início sua celebração diária, e as conseqüências nem sempre foram positivas, já que o culto dos santos milagrosos e das relíquias entrou em concorrência com a Missa. O importante para a vida presente é o Santo.
E a Missa? Ela fica reservada para a vida futura. Daí surge o interesse em ser sepultado perto da igreja ou dentro dela, participando assim dos “méritos” da celebração. Algo de estranho é introduzido nos mosteiros, a multiplicação de altares, de modo que, no mesmo tempo, eram celebradas diversas Missas. Para garantir celebrações “perpétuas”, havia ricos que deixavam grandes heranças aos mosteiros correndo o perigo de comercializar o sagrado.
Não entendendo o latim, língua usada na missa, os fiéis concentram sua atenção e devoção mais na presença real de Cristo na Hóstia consagrada. Momento fundamental, para o povo humilde, era a elevação da Hóstia, quando se tocava o sino. Pedia-se ao padre que mantivesse a Hóstia mais tempo elevada, pois assim se “participava” de mais Missas. Dessa forma, a Missa parece não ser mais uma celebração, mas um ato centrado na Hóstia.A festa de Corpus Christi nasce neste período com a finalidade de fazer a adoração pública da Hóstia. Multiplicam-se os Milagres Eucarísticos, como os de Bolsena, Cássia, Orvieto, onde hóstias sangram. Também por isso multiplicam-se as genuflexões, os sinais-da-cruz e as orações particulares. Neste quadro, podemos afirmar que, a partir do século VI, a cristandade latina não alimentou sua vida espiritual na Escritura e nos Sacramentos, mas nas inumeráveis devoções que a piedade popular foi criando. Foi preciso esperar o século XX para o retorno às fontes da santificação.
A PENITÊNCIA

Na Idade Média se suprime o caráter público e comunitário da penitência. Os monges irlandeses, escoceses e anglo-saxões adaptam a confissão às necessidades pastorais. A realidade penitencial passa a ser estreitamente relacionada com a Missa e a peregrinação.
No século VIII, o penitente se confessava, ganhava uma penitência secreta, era absolvido e já podia comungar. No passado, a confissão era apenas a acusação dos pecados para se entrar no estado de penitente: agora a confissão já inclui penitência e reconciliação. Torna-se obrigatória a confissão três vezes ao ano.
Livros Penitenciais ajudam o confessor a fixar a penitência. Por exemplo: um dia de jejum a pão e água pode ser substituído por 50 Salmos recitados de joelhos ou 70 em pé, ou então por 200 genuflexões. O pecado passa a ser coisificado, podendo ser expiado com um número de Salmos, com dias de jejum, com algumas surras ou, pior ainda, com o pagamento de taxas.
O que importa a Deus, dentro do espírito germânico, é que a ofensa seja paga: assim, o empregado pode fazer penitência em lugar do patrão, o jejum pode ser convertido em tarifa financeira, etc., uma série da abusos que explodirá mais tarde na questão das indulgências.
CONCLUSÃO
Esse quadro da piedade medieval não pode ocultar uma grande realidade deste período: a busca da santidade entre os pobres, os monges, reis e príncipes. A Idade Média é a grande era dos santos. Qual foi seu sustento principal? A oração pessoal, e penitência e, especialmente, a caridade.

segunda-feira, 19 de março de 2007

As Cruzadas

O período compreendido entre os séculos XI e XIII foi caracterizado por importantes mudanças, fruto da crise do sistema feudal, promovendo um processo de grande marginalização, impossível de ser absorvido pelas cidades então existentes ou que formavam-se.
As cruzadas são vistas como uma "válvula de escape" para a crise provocada pela marginalização sócio econômica. Milhares de europeus marcharam em direção à "Terra Santa" obedecendo ao chamado da Igreja Católica, mas ao mesmo tempo, movidos pelo interesse na possibilidade de saque ou de conquista de terras.

Alguns reis participaram do movimento, pretendendo o aumento de poder, numa época de crise feudal, como por exemplo na 3° cruzada, também conhecida como cruzada dos reis.



No entanto a 4° Cruzada ( 1202- 04 ) é considerada a mais importante, pois foi responsável pela "reabertura" do Mar Mediterrâneo. Esse movimento foi a primeira cruzada marítima, financiado pelo mercadores de Veneza que passaram a monopolizar o comércio com Constantinopla.


A 5º Cruzada também tornou-se muito famosa, conhecida como "Cruzada das Crianças". Acreditavam os cristãos que os jovens, inocentes, derrotariam os muçulmanos. Quando desenbarcaram em Alexandria foram vendidos como escravos.É Importante lembrar que a "Guerra de Reconquista", na Península Ibérica, também foi um movimento cruzadísta. Partindo da idéia de luta contra os mouros, o movimento foi responsável pela expansão do cristianismo e pela formação das monarquias nacionais na região, a começar por Portugal.


Os mapas foram retirados do Atlas de História Geral da Editora Ática

domingo, 18 de março de 2007

Cultura da Idade Média e atividade

CULTURA MEDIEVAL

Objetivo:

Esta parte mostrará de maneira mais ampla como era o pensamento medieval. Como a igreja influenciava as pessoas em todos os sentidos da vida. Na educação, política, literatura, arte, filosofia e ciência. Mesmo com suas restrições , muitas impostas pelas leis da igreja, a idade média teve alguns avanços para as gerações futuras.

EDUCAÇÃO

Quem controlava a educação era o clero católico. No século IX, fudaram-se escolas junto as catedrais. Logo em seguida, vieram as universidades. Sendo que algumas delas são conhecidas até hoje, com exemplo: Oxford e Cambrigde. Mas em todas as faculdades da época , a influência da igreja era forte. As aulas eram ministradas em latim, e algumas das matérias de estudo eram: teologia ( filosofia),ciências, letras, direito e medicina.

O curso era composto pelo triarium, nesta se ensinava gramática, retórica e lógica; o quadriarium, esta parte ensinava aritmética, geometria, astronomia e música.No final do curso , os alunos já podiam se preparar profissionalmente nas “escolas de artes liberais”, ou continuar nas áreas d a medicina, direito ou teologia.

As universidades tinham vários privilégios como: ensinar seus graduados, insenção de impostos , insenção do serviço militar, além do direito de julgamento especial em foro acadêmico para seus membros. Estas vantagens eram sempre garantidas ou pelo imperador ou pelo Papa, que na época eram as maiores autoridades.

LITERATURA

No geral,a idade média, mostra a preocupação religiosa do homem de retratar sua época. Na poesia procurou-se mostrar os valores e as virtudes do cavaleiro entre elas a justiça, o amor e a cortesia. Destacou-se a poesia épica , ou seja, que fala das ações corajosas dos cavaleiros; e a poesia lírica que fala do amor cortês, dos sentimentos dos cavaleiros em relação as suas amadas damas.

Um destaque da literatura desse período foi: Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia.

ARQUITETURA

Os estilos dominantes da arquitetura medieval foram: o gótico e o românico.

» gótico: surguiu entre os séculos XII e XVI. Predominou principalmente na França, Inglaterra e Alemanha. Difere do estilo românico por sua leveza e traços verticais. São nas construções góticas que aparecem as janelas ornamentadas com vitrias coloridos, onde se permitia uma boa iluminação interior. As paredes ficaram mais finas e as altas abóbodas eram apoiadas em longos pilares. As obras de maior destaque neste estilo são as catedrias, como a de Paris.

» Românico: desenvolveu-se entre os séculos XI e XIII. Suas caracteristicas principais são os traços simples e austeros, como grossos pilares, tetos e arcos em abóboda, janelas estreitas e muros reforçados. Um exemplo deste estilo é a igreja de São Miguel , em Lucca.

PINTURA

É obvio, que a pintura medieval foi dominada por temas religiosos. Onde a atenção do pintor não era tanto nas paisagens, mais sim, na representação de Santos e divindades.

Também aparece nesta época, a pintura de murais, vitrias e miniaturas. Os mais detacados pintores foram: Giotto e Cimabue.

MÚSICA

Há uma pequena divisão: música Sacra e a música popular, nesta aparece os trovadores e menestreis.

Na música Sacra o destaque ficou com o Papa Gregório Magno, que introduziu o Canto Gregoriano, que é caracterizado por uma melodia simples e suave, cantada por várias vozes em um único som.

Já música popular , o destaque fica com trovadores e menestreis.

Trovador: eram os compositores e poetas que criavam obras de carater popular.

Menestrel: era o cantor do trovador. Visto que sempre o acompanhava.

Eles tinham suas obras inspiradas em temas românticos ou feitos heróicos dos cavaleiros. Surgiram na França, por volta do século XI, de lá se espalharam para outras partes da Europa.

FILOSOFIA E CIÊNCIA

Se for analisar bem, a idade média pode ser até paradoxa, pois de um lado com a influência religiosa muitos trabalhos científicos , que fossem diferentes do que a igreja ensinava, já podia ser considerado com uma heresia e assim ser proibido. Mas por outro lado a ciência e a filosofia estavam entrelaçadas. A influência àrabe e grega foram muito forte para o progresso da matemática, astronomia, biologia e medicina.

Também houve o aperfeiçoamento na navegação, com a utilização da bússola, dos mapas de navegação, do astrolábio além de outros instrumentos.

Um dos grandes nomes da ciência medieval foi o monge franciscano Roger Bacon (1214-1294), que introduziu a observação da natureza e o uso de experimentação com métodos científicos. Ele ficou conhecido como doutor Admirável, Bacon conseguiu desenvolver estudos em diversas áreas como : geografia, filosofia e física.

Na filosofia, destacaram-se santo Agostinho e Tomás de Aquino. A principal preocupação deles era tentar harmonizar a fé cristã com a razão. Santo Agostinho era de uma corrente filosófica denominada patrística. Já São Tomás de Aquino, conseguiu reconstruir , dentro da visão cristã, boa parte das teorias de Aristóteles.

Santo Agostinho fez a síntese da filosofia clássica com a platônica junto com a fé cristã. Segundo a teologia agostiniana, a natureza humana é por essência corrompida.

A remissão estava na fé em Deus , a salvação eterna. As principais obras dele foram : confissões e Cidade de Deus.

Essa visão pessimista em relação a natureza humana foi substituída na Baixa Idade média por uma concepção mais otimista e empreendedora do homem, com a filosofia escolastica, que procurou harmonizar razão e fé , partindo do fato que o progresso do ser humano dependia não só da vontade divina,mas do esforço do próprio homem. Essa atitude refletia uma tendência a valorização dos atributos racionais do homem, não devendo existir conflito entre fé e razão, pois ambas auxiliavam o homem na busca do conhecimento.

Se por um lado a escolástica valorizou a razão e substituiu a idéia agostiniana de predestinação pela concepção de livre arbítreo, isto é, de capacidade de escolha. O clero tinha o papel de orientar moralmente e espiritualmente a sociedade , condicionando a liberdade de escolha com as vontades da igreja. Desse modo ao mesmo tempo que buscava assimilar as transformações sociais, tentava preservar os valores do mundo feudal decadente, assegurando a supremacia de sua mais poderosa instituição – a igreja.

São Tomás de aquino( 1225- 1274), deu aulas na universidade de Paris, foi o mais influente filósofo escolástico inspirado na tecnologia cristã e no pensamento de Aristóteles,elaborou a Suma teológica, obra em que discorreu sobre os mais diversos assuntos, como religião, economia e política. O pensamento de São Tomás constituiu um poderoso instrumento de ação do clero durante a Baixa Idade Média.

ATIVIDADES

Marque a alternativa incorreta:

1) embora a idade média seja conhecida como “idade das trevas”, que tipos de avanços ocorreram nesse período?

a) avanço do cristianismo como força unificadora da Europa.
b) desenvolvimento da língua e literatura européia.
c) criação de universidades, igrejas e da arte gótica.
d) o nascimento e união da cultura do império romano com os ideais gregos.

2) As universidades tinham forte influência da igreja, prova disto era o fato das aulas serem ministradas em latim e uma das matérias de estudo ser teologia. Por isso quais alguns dos privilégios que as universidades gozavam?

a) isenção de impostos e contribuições.
b) Seus alunos tinham a dispensa do serviço militar.
c) O direito a julgamento especial em foro acadêmico para seus membros.
d) Os alunos mesmo estudando eram obrigados aprestar o serviço militar.

Marque a alternativa correta:

3) Na literatura, as poesias tiveram seu auge. As mais destacadas foram a épica e a lírica. Dê a definição de cada uma respectivamente:

a) A poesia épica mostra as ações corajosas dos cavaleiros e a poesia lírica mostra o sentimento e o amor cortês do cavaleiro em relação à sua amada dama.
b) A poesia épica destaca o amor e os sentimentos do cavaleiro em relação à sua dama e a poesia lírica exalta os atos de bravura dos cavaleiros.
c) A poesia épica valoriza o sentimento de lealdade dos cavaleiros ao seu senhor e a poesia lírica mostra o sentimento de desesperança dos camponeses.
d) A poesia épica retrata o poder total dos reis sobre nobres, cavaleiros e plebeus. A poesia lírica mostra a reação negativa das damas em relação aos seus cavaleiros.

4) Na arquitetura, que estilos tiveram maior destaque:

a) gótico e romântico.
b) Românico e gótico.
c) Épico e gótico.
d) Rústico e românico.

Responda:

5) mesmo a idade média ter sido marcada pela forte influência da igreja, quais foram alguns dos avanços no campo da ciência e filosofia?

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GABARITO

1) d
2) d
3) a
4) b
5) A forte influência grega e árabe foi notada nos campos da matemática, astronomia, biologia e medicina. A arte de navegação foi aperfeiçoada com o uso de bússolas, astrolábios mapas e outros instrumentos.

Na filosofia, São Tomás de Aquino e Santo Agostinho preocuparam-se em harmonizar a fé cristã com a razão. Muitas doutrinas de Aristóteles foram refeitas dentro dos ensinamentos cristãos.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Resumo Geral




Idade Média

História Medieval , Economia , Sociedade, Influência da Igreja, feudalismo, castelos, guerras, Peste Negra, Cruzadas, Revoltas Camponesas, cavaleiros, servos, sistema feudal.

Castelo Medieval : símbolo do poder da nobreza


Introdução
A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras ), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.

Estrutura Política
Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade Medieval
A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

Economia Medieval
A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.


Servos trabalhando no feudo


Religião na Idade Média
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a bíblia.

As Guerras Medievais
A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

Guerra Medieval


Educação, artes e cultura
A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

As Cruzadas
No século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa. Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

Peste Negra ou Peste Bubônica
Em meados do século XIV, uma doença devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.

Revoltas Camponesas : as Jacqueries
Após a Peste Negra, a população européia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. Muitos tiveram que trabalhar dobrado para compensar o trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram revoltas camponesas contra o aumento da exploração dos senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e trazendo conquistas para os camponeses.

domingo, 4 de março de 2007

Introdução

História da Baixa Idade Média e Cruzadas
(séculos XIII ao XV)
Contexto Histórico
• Inovações técnicas: moinho hidráulico, arado com roda à melhorou a produção e a alimentação
• diminuição das guerras e das doenças provocou um AUMENTO DEMOGRÁFICO
As Cruzadas ( 8 cruzadas)
• Guerra entre Cristão e muçulmanos
• Cristão buscam retomar a Terra Santa (Jerusalém)
• Idéia de Guerra Santa
Os cavaleiros Cruzados
• a fé religiosa (dois lados)
• os saques
• os combates sangrentos
A volta do Comércio
• influência das Cruzadas no comércio
•Os mercadores: burgueses
• Feiras e Rotas de Comércio
• oposição da Igreja católica
O Renascimento das Cidades (século XV)
• formação dos burgos: deram origem às cidades
• crescimento das cidades em função do comércio
• Cambistas e bancos estimulavam a circulação de moedas